Dia da Mulher: ações que reverberam o ano todo
- Raquel Leite
- 10 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de abr.
Com a proximidade do Dia Internacional da Mulher, muitas empresas já planejaram brindes e ações pontuais para celebrar a data. Embora essas iniciativas sejam bem-intencionadas, é fundamental lembrar que elas representam apenas a ponta do iceberg quando se trata da verdadeira mudança cultural nas organizações.

A equidade de gênero e a prevenção ao assédio devem ser pontos de atenção contínuos, não apenas eventos ocasionais. Tanto para estar em conformidade com a legislação (como dispõe a Lei 14.540/2023¹) quanto para garantir um ambiente corporativo mais justo, seguro e produtivo.
Aqui estão algumas ideias de ações que podem ajudar as empresas a avançar nesse compromisso:
Políticas claras e transparentes
Elabore e divulgue políticas internas que orientem a prevenção ao assédio e estabeleçam protocolos claros para denúncias. Essas políticas devem:
Especificar comportamentos considerados inaceitáveis.
Definir canais seguros e anônimos para relatos de assédio.
Descrever etapas claras para investigação e resolução dos casos.
Comunicar sanções para quem praticar assédio.
Dica: realize campanhas de comunicação periódicas para relembrar todas e todos sobre essas políticas.
Criação de ambientes seguros e inclusivos
Promova espaços e canais de escuta onde os colaboradores se sintam confortáveis para relatar comportamentos inadequados, sem medo de retaliação. Isso pode ser feito por meio de:
Canais de denúncia anônimos e gerenciados por terceiros para garantir imparcialidade.
Rodas de conversa e workshops sobre cultura inclusiva.
Comitês de diversidade que acompanhem relatos e proponham ações corretivas.
Dica: certifique-se de que todas as denúncias são tratadas com seriedade e sigilo para não comprometer a confiança dos colaboradores.
Sensibilização de lideranças
As lideranças são peças-chave para a criação de uma cultura organizacional inclusiva e respeitosa. Promova capacitações que ajudem gestores a:
Reconhecer situações de assédio e desigualdade.
Acolher colaboradores que trazem denúncias.
Multiplicar boas práticas de respeito e equidade no time por meio do exemplo.
Revisão de processos seletivos e promoções
Revise os critérios de seleção e promoção para garantir que sejam justos e livres de viés. Algumas boas práticas do mercado incluem:
Remover informações pessoais (como nome, foto e gênero) nas triagens iniciais.
Avaliar candidatos com base em competências, e não somente histórico profissional.
Garantir diversidade nos comitês de promoção e avaliação de desempenho.
Monitorar métricas de diversidade nos processos seletivos.
Metas de ESG
Defina compromissos específicos relacionados ao pilar Social do ESG. Exemplos:
Aumentar o número de mulheres em cargos de liderança até uma data definida.
Estipular vagas afirmativas para mulheres em áreas específicas, como tecnologia.
Mensurar e reportar a evolução em relatórios anuais de sustentabilidade.
Dica: vincule essas metas ao planejamento estratégico da empresa para garantir engajamento de todas as áreas.
Para auxiliar no processo de amadurecimento da abordagem dessas temáticas e na construção de ações que perduram, desenvolvemos um programa que inclui ações personalizadas para a necessidade e as condições de cada empresa. Vamos conversar sobre isso? Saiba mais.
¹A Lei 14.540/2023 institui que as empresas com mais de 20 colaboradores passam a ser obrigadas a oferecer treinamentos e ações de conscientização, e precisam adotar medidas efetivas contra assédio moral e assédio sexual que incluem regras de conduta, canais de denúncia e ações de comunicação e treinamento com foco em prevenção.
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